terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dos direitos que me cabem

“_Mas eu gosto dos inconvenientes.
_Nós, não. Preferimos fazer as coisas confortavelmente.
_Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.
_Em suma_disse Mustafá Mond_, o senhor reclama o direito de ser infeliz.
_Pois bem, seja_retrucou o Selvagem em tom de desafio.
_Eu reclamo o direito de ser infeliz.(!)
_Sem falar no direito de ficar velho, feio e impotente; no direito de ter sífilis e câncer; no direito de viver com a apreensão constante do que poderá acontecer amanhã; no direito de contrair a febre tifóide; no direito de ser torturado por dores indizíveis de toda espécie.”






Página 290, do livro Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley.

 

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