sexta-feira, 25 de março de 2011

Os escravos


E o tempo já são outros
As escravas de jambos em cores
Têm na pele cabelos ruivos, louros

E o tempo já são outros
Tem livro pra se ler
E gente preferindo ouro

Somos todos escravos
De outro tempo enlaçado

O conhecimento abre as portas
Mas fica de tocaia

Não se deve saber mais do que os formados
Mas penso que formados mesmo são aqueles brancos ou pretos
Que nascem com a alma agarrada no peito

Mas tem gente que no lugar do cupido
Guarda rancor das chibatadas dos negros feridos
São chamados seres cuspidos!

São tão amarguradas que não dança
Não cantam
Não capoeiram

Eu guardo dos negros... A vida!
Eu guardo dos negros essa beleza atrevida!



 

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