sábado, 20 de março de 2010

Invisível sentir


“Ah viver é tão desconfortável. Tudo aperta! O corpo exige, o espírito não pára, viver parece ter sono e não poder dormir__viver é incomodo. Não se pode andar nu de corpo nem de espírito”. Mas se pode sonhar. O sonho é o que temos de mais próximo, e é plenamente livre quem sonha.

E os loucos em suas prisões esbranquiçadas...Gradeados!
Também eles sonham?

A liberdade não é uma questão de loucura ou sensatez. Está livre todo aquele que mesmo atrás das grades têm como parente íntimo os sonhos.

É a liberdade quem dá força aos sentimentos, impulsionando-os, por isso, não deixa de ser a dor uma forma de liberdade, só não quando contida, espremida e colocada por cima do macarrão feito extrato de tomate.
Como disse Clarice Lispector, “ a dor é a vida exacerbada”, decerto que o é, só não podemos confundi-la com a loucura que está num patamar mais elevado. A loucura é o ápice. E mesmo a dor sendo a exacerbação da vida, fica ela um passo atrás da loucura e dois atrás da liberdade.

 

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